O grupo de trabalho composto pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) e a Prefeitura de Porto Alegre responsável pela agenda conjunta Estado/Município avaliou, nesta quinta-feira (27), os resultados projeto-piloto do cercamento eletrônico. O encontro, ocorrido no Centro Integrado de Comando de Porto Alegre (Ceic), projetou os próximos passos na implantação do sistema em toda capital.

 

A fase de teste começou em março deste ano, com quatro câmeras de trânsito localizadas em pontos estratégicos da Capital. Atualmente, 25 câmeras identificam placas de veículos roubados, furtados ou envolvidos em alguma irregularidade. Em pouco mais de 30 dias, cerca de 1,4 milhões de veículos foram monitorados e cinco carros recuperados. Os alertas de furto, roubo ou licenciamento vencido ficaram em torno de 40 mil.

 

As câmeras utilizadas no projeto piloto foram adaptadas. Ainda existe a necessidade de ajustes para zerar eventuais dificuldades na leitura das placas. Com a intenção de expandir a área de cobertura, projeta-se a instalação de câmeras em viaturas. A Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz) foram contatadas e manifestaram intenção de colaborar com informações oriundas das câmeras existentes em praças de pedágio e postos de fiscalização da Receita Estadual.

 

O Departamento de Comando Integrado (DDCI/SSP) iniciou conversas com a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) no sentido de aprimorar a capacidade do software hoje utilizado. Através desta parceria, pretende-se aperfeiçoar o algoritmo, permitindo aproveitamento ainda maior dos equipamentos.

 

 

A agenda de cooperação mútua estabelecida com a Prefeitura de Porto Alegre faz parte do Sistema de Segurança Integrada com Municípios do Rio Grande do Sul (SIM/RS). Lançado em 06 de abril, o sistema teve na capital gaúcha o seu primeiro parceiro, através de um acordo firmado pelo secretário Cezar Schirmer e o prefeito Nelson Marchezan Jr em fevereiro.

 

Desde então, o grupo de trabalho multissetorial elabora e executa ações conjuntas. Entre os avanços obtidos, destacam-se a integração em radiocomunicação, o alinhamento operacional do policiamento ostensivo, a viabilização da reforma da frota da Brigada Militar através da mobilização do Município e o projeto-piloto do cercamento eletrônico.

 

 

A participação no SIM/RS ocorre através de assinatura de termo de cooperação. O documento estabelece as obrigações mútuas do Estado e dos parceiros. No entanto, a adesão ao sistema não é padrão: ela é construída com base na estrutura disponível do Estado e do município ou instituição proponente, com o intuito de explorar ao máximo a capacidade operacional dos agentes envolvidos.

 

Entre as possibilidades de cooperação a partir da adesão ao SIM/RS estão a integração de sistemas, o compartilhamento de infraestruturas tecnologias, a troca de informações voltadas ao combate da criminalidade, a construção de uma doutrina única de capacitação e qualificação aos agentes da Segurança Pública, a adoção de políticas antidrogadição e a reinserção de apenados na sociedade.