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Instituto Psiquiátrico Forense realiza evento alusivo ao Dia Mundial da Saúde Mental e abre primeira mostra de arte

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Grupo composto por internos do IPF apresento um musical durante o evento.
Grupo composto por internos do IPF apresento um musical durante o evento. - Foto: Imprensa/Susepe
Por Caroline Paiva/Imprensa Susepe

O Instituto Psiquiátrico Forense (IPF) realizou, durante esta terça-feira (10), o evento Territórios de Liberdade I, com o objetivo de mostrar à sociedade o protagonismo dos pacientes nos diversos projetos de educação e cultura existentes no estabelecimento, como pintura e música. Além disso, foi aberta a primeira exposição de obras de arte, sendo 57 telas pintadas pelos internos durante o projeto Artinclusão.

As atividades iniciaram às 9h, com uma mostra de canto de Clarissa de Baumont, acompanhada do agente penitenciário Ricardo Vieira. Logo após, houve a apresentação musical do "Grupo D Loucos por Música", composto por internos do IPF (clique aqui e confira parte da apresentação). A data de 10 de outubro foi escolhida em alusão ao Dia Mundial da Saúde Mental.

Presente na abertura do evento, o juiz da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas (VEPMA), Luciano André Losekann, disse ser este um dia especial, de luta pela saúde mental. “O IPF foi criado em 1925 e reúne aquelas pessoas que cometeram algum delito em função do transtorno mental. Antigamente essa pessoa era apartada da sociedade, do convívio. E, de uns 40, 50 anos pra cá, vem se fazendo um esforço para mostrar que essas pessoas não podem ser afastadas da sociedade”, comentou.

O público também participou de uma aula de pintura.
O público também participou de uma aula de pintura. - Foto: Imprensa/Susepe

Já a diretora geral do IPF, Dra. Patrícia Goldfeld, agradeceu o apoio dos parceiros, da VEPMA, da equipe da Susepe (superintendente e departamentos), e da Secretaria de Desenvolvimento Social, Trabalho, Justiça e Direitos Humanos. “Nós temos uma preocupação em aproximar as famílias desses pacientes. Temos elaborado projetos para que estas pessoas possam se reintegrar à sociedade, recuperar sua capacidade de trabalho, de convívio social, da melhor forma possível”, relatou.

Seguindo a abertura, o professor e artista plástico, Aloizio Pedersen, que ministra as aulas do projeto Artinclusão, realizou uma roda de conversa com os presentes, dando voz aos pacientes que pintaram as telas expostas. Depois, o público foi encaminhado ao atelier, onde participou coletivamente de uma aula de pintura em ação. O Artinclusão é um projeto de pintura, financiado pela VEPMA.

Pela tarde ocorreram outras apresentações musicais, além de mesas de debates, onde discutiram sobre práticas de educação e profissionalização como ferramentas de saúde mental e cidadania. As mesas tiveram a participação da instrutora do curso de auxiliar de escritório e Jovem Aprendiz, Franciele Silva, e da professora do NEEJA do IPF, Jardélia de Sá. Ao final, foi servido um coquetel e entregues certificados de participação aos inscritos.

A organização do evento é do setor de desinstitucionalização do IPF (composto pela arteterapeuta Lidia Fraga e pelas psicólogas Andréia Negrelli e Maynar Vorga) e conta com o apoio da direção administrativa e geral do estabelecimento, também da assistente social Adriana Vidal Feijó, da VEPMA e da Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi).

As obras permanecem expostas no estabelecimento, podendo ser adquiridas por valores de R$ 50 até R$ 170 reais. Para mais informações sobre compra de peças, entre em contato pelo e-mail: ipf-desinst@susepe.rs.gov.br.

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