Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria da

Segurança Pública

Início do conteúdo

Polícia Civil deflagra Operação Mercancia em Porto alegre e Região Metropolitana

Publicação:


Os mandados foram cumpridos em nove cidades do Rio Grande do Sul.
Os mandados foram cumpridos em nove cidades do Rio Grande do Sul. - Foto: Polícia Civil

A Polícia Civil, por meio da 19ª Delegacia de Polícia, deflagrou, na manhã desta quinta-feira (21), a Operação Mercancia, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa envolvida em roubo, clonagem e receptação de veículos. Foram cumpridos 41 mandados judiciais, sendo 25 mandados de busca e apreensão, 15 mandados de prisão temporária e uma apreensão de adolescente infrator. Também foi deferido o bloqueio de valores das contas correntes dos investigados e o sequestro dos veículos que estivessem na posse dos mesmos, e que fossem de suas propriedades. 

Durante a operação, 16 pessoas foram presas, sendo apreendidos quatro automóveis clonados, três armas, dois simulacros de arma de fogo, drogas, celulares e documentos de automóveis. Os mandados foram cumpridos em Viamão, Gravataí, Alvorada, Canoas, Sapucaia do Sul, São Leopoldo, Portão, Montenegro e Charqueadas. 

Foram nove meses de investigações, que iniciaram com a prisão em flagrante de um foragido de roubo em janeiro deste ano, na área da 19ª DP. Segundo o delegado Juliano Ferreira, a organização criminosa, chefiada por um homem, atualmente recolhido na Penitenciária Estadual do Jacuí, atuava adquirindo em torno de 25% dos carros roubados e furtados na Capital e Grande Porto Alegre, pagando em média 1.500,00 reais por carro. Após isto, encaminhavam esses veículos para locais alugados, onde permaneciam durante todo o processo de clonagem e venda. Os veículos clonados eram vendidos, em especial, para criminosos do Paraná, Santa Catarina e Serra Gaúcha. O valor de venda dos veículos dependia do modelo, podendo chegar a até 14 mil reais, caso fosse uma camioneta importada. 

“Cada integrante ganhava de acordo com o serviço prestado. Os indivíduos responsáveis pelo roubo e furto ganhavam em torno de 1.500 reais por carro, o clonador ganhava por volta de 800 reais, os responsáveis pelas garagens e estacionamentos ganhavam 100 reais e os que transportavam ganhavam em torno de 350 reais. Somando tudo isso, podemos verificar o valor aproximado de quanto custa uma clonagem”, relatou o delegado Juliano Ferreira. “Importante destacar que, às vezes, a própria organização realizava o roubo, a fim de aumentar seus ganhos. Além disso, eles também procuravam realizar a extorsão das vítimas proprietárias dos veículos, tudo com o único objetivo de aumentar o ganho. Na verdade, o veículo jamais era devolvido”, complementou Ferreira. 

Também foi apurado que, se o integrante do grupo fosse preso, durante alguma atividade realizada para a organização, toda a despesa com o processo, desde o acompanhamento do flagrante, pagamento de fiança, ou dinheiro enviado para a galeria onde ele estivesse preso, era paga pela organização criminosa. 

Aproximadamente 150 policiais civis participaram da ação, que também contou com o apoio do Gabinete de Inteligência e Assuntos Estratégicos (GIE) e do Grupamento de Operações Especiais (GOE).

 

Secretaria da Segurança Pública