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Pronunciamento de posse de José Ivo Sartori como governador do Rio Grande do Sul (Parte 2)

Publicação:

Palácio Piratini, 1º de janeiro de 2015

Saudações protocolares.

Há pouco, na Assembleia Legislativa, fiz uma abordagem política sobre o Estado, a situação das finanças, as metas que queremos alcançar na melhoria dos serviços públicos... Falamos de uma sociedade que dá certo,mas do aparato estatal que ainda precisa melhorar muito... Firmamos   compromisso com um governo simples, realista, honesto e eficiente... Estabelecemos como foco prioritário aqueles quem mais precisam... Conclamamos os demais poderes e representações da sociedade a encararem conosco os desafios que vêm pela frente...

Agora, aqui na sede do governo, um lugar tão histórico e simbólico, me permito apenas celebrar o Rio Grande do Sul.  Mais do que nomes, siglas partidárias, circunstâncias históricas, celebro o Estado que somos, a comunidade que formamos. 
Somos o Rio Grande deste gringo da colônia que vos fala. Somos o Rio Grande do povo negro, do povo índio. O Rio Grande miscigenado. Somos o Rio Grande de todas as regiões, de todas as cores, de todas as idades, de todas as profissões. De todas as raças, credos e classes sociais. Do campo e da cidade. Somos do Inter e do Grêmio. Do Juventude e do Caxias. Do Avenida e do Santa Cruz.

Mas há algo que nos une: é a essência gaúcha. E não falo do bairrismo, que  muitas vezes é até  prejudicial. Falo  de  um sentimento de família mesmo. De um sentimento de pertencimento, de compartilhamento. Somos diferentes, sim. Mas pertencemos ao mesmo chão, ao mesmo Estado-mãe. Sentimos o cheiro da mesma terra. Vivemos a mesma realidade. E isso nos une, nos aproxima, nos congrega, nos faz solidários.

Essas características, aqui no Rio Grande do Sul, são mais fortes do que em qualquer outro Estado do país. O que precisamos, a partir de agora, é transformar, é potencializar esse clima em favor de um novo ciclo que   precisa iniciar. Derrubar   alguns preconceitos. Olhar para o Brasil e o mundo. Abrir-se. Perceber e aproximar  experiências que deram certo. Aceitar mudanças na gestão. Desburocratizar o Estado para quem quer produzir e gerar emprego, dentro da lógica do desenvolvimento sustentável.

Eu e o Cairolli estamos assumindo o comando do governo. Mas o governo não gere a sociedade. O governo já faz muito se conseguir controlar a si mesmo. O que quero dizer com isso é que somos parte da grande engenharia social do nosso Estado. Não somos  o  todo. Portanto, juntos  conseguiremos  avançar  muito mais.

É por isso que eu convoco os gaúchos e as gaúchas, todos, para que tomem posse conosco. Nós não vamos fugir das responsabilidades do cargo que estamos assumindo. Sabemos que muitas decisões cabem a nós  –  e nós vamos decidir. Mas se estivermos próximos e conectados (para usar uma palavra bem atual), tudo acontecerá muito mais rápido e melhor.

Não venho para gerar qualquer espécie de temor, perseguição ou mesmo destruição do que de positivo foi feito nos últimos anos. Mas  também  não  venho  com  fórmulas  mágicas,/  com  frases  de efeito, com falsas  promessas. Não  podemos  pintar  um  cenário diferente da realidade,/ porque se o falso pessimismo é prejudicial, o falso otimismo é ainda mais nefasto.

Todas as medidas a serem adotadas, em todas as áreas, serão feitas com cautela e com respeito. O que propomos é uma relação de reciprocidade, de compreensão, de parceria verdadeira. Só essa simbiose vai gerar as melhorias que buscamos, especialmente nas áreas essenciais. Precisamos melhorar nossos indicadores de educação, de saúde,de segurança pública. Precisamos melhorar nossa competitividade. Precisamos melhorar nossa infraestrutura. Precisamos destravar o Rio Grande.

E isso só vai ser possível com um novo olhar sobre a gestão do Estado, com foco na eficiência, na transparência e no resultado. O gasto  do Estado  precisa ter como  foco o interesse  público.  E também um novo olhar sobre o mercado, abrindo o leque para novas modalidades de contratos entre o setor público e o setor privado, observando as experiências que já deram certo.

Eu proponho que o Estado e os seus governantes sejam mais discretos na aparência, nos anúncios, nas publicidades. E mais eficientes nos resultados lá na ponta, no posto de saúde, na escola, na delegacia, na manutenção das estradas... Eu proponho que, no lugar  de  sublinhar  virtudes  de  governos  e  governantes, a  gente acentue virtudes dos gaúchos e das gaúchas, especialmente daqueles mais humildes.

Vamos olhar para a vida real, para as pessoas, para quem está na fila esperando um atendimento, para a criança que está avançando de ano na escola sem saber a matemática e o português, para os milhares de pais que hoje choram seus filhos mortos pela criminalidade para os caminhoneiros e empreendedores que precisam enfrentar estradas em condições ainda tão precárias...

São  essas preocupações que  me  movem. E  elas  são  muito maiores do que a nossa vaidade e a eventual necessidade de fazer autoelogio. Vaidade todos temos, mas precisamos entender que estamos aqui a serviço. A serviço do público! Quem não entendeu isso, então não entendeu absolutamente nada.

Nesse sentido, repito o que tenho dito aos meus secretários – e vale para todo o governo: vamos com calma,vamos com prudência, mas vamos fazer, vamos avançar. Ninguém fará por nós. Mas, por outro lado,ninguém fará sozinho. Vocês foram escolhidos por  confiança, por  trajetória, por  conhecimento, por merecimento. Mas também por acreditar naquilo a que se destinaram a fazer.Espero,sinceramente, que honrem a confiança minha, do Cairolli e da população gaúcha. E trabalhem sempre em equipe!

Governador Tarso Genro, o senhor é deste mesmo Rio Grande que nos une em comunidade. Portanto, mesmo com nossas eventuais discordâncias, receba meu respeito e minha gratidão. Em nome dos gaúchos e das gaúchas, agradeço pela sua dedicação como governador nos últimos quatro anos.

Por fim, que fique muito claro o nosso rumo: Queremos que o Rio Grande do Sul seja um Estado de qualidade de vida, apoiado no empreendedorismo, na geração de oportunidades e na justiça social.

Vamos em busca dos nossos sonhos. Eles são plausíveis. Eles são possíveis. E precisam começar a acontecer. Repito: juntos, a gente faz acontecer. Todos por todos!

Muito obrigado!

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