Videomonitoramento da SSP auxiliou em 200 prisões entre janeiro e abril no RS
Além desse resultado, sistema possibilitou a recaptura de 27 foragidos e a recuperação de 69 veículos furtados ou roubados
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Sentado à mesa de um bar na Praça XV, no Centro da Capital, um homem mexe no telefone e conversa tranquilamente com uma mulher que carrega uma criança de colo. Ele nem imagina, mas é monitorado por olhos atentos que, a dois quilômetros dali, na sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP), o observam por vídeo transmitido por uma câmera instalada na praça. Com a imagem aproximada, uma tatuagem no pescoço denuncia que se trata de Luka Nago Tavares Favila, 31 anos. Ele é condenado por homicídio, investigado por tráfico e outro assassinato, e estava foragido do sistema prisional desde 27 de junho de 2018, quando não se apresentou para instalação de tornozeleira eletrônica. Em cerca de 20 minutos, uma dupla de policiais militares aborda Favila, confirma sua identidade e encerra sua temporada de fuga naquela tarde de 22 de fevereiro.
O caso de Favila é apenas um dos atendidos pelas equipes de videomonitoramento da SSP, que atua 24 horas por dia para acionar socorro em situações de emergência e reprimir a ação de criminosos. Entre janeiro e abril, o trabalho do Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI) resultou em 200 presos, 27 foragidos recapturados e 69 veículos em situação de roubo ou furto recuperados.
Implantado em maio de 2014 para a Copa do Mundo no Brasil, o DCCI mantém um centro de videomonitoramento interligado com outros órgãos estaduais, federais e municipais. No total, são 1.118 câmeras espalhadas por 26 cidades do Estado, que compartilham imagens com o telão do DCCI e salas locais de acompanhamento. Além dos 52 equipamentos da SSP, o sistema conta com dispositivos da Empresa Pública de Transportes e Circulação (EPTC) da Capital, da Guarda Municipal de Porto Alegre, de outros 25 municípios, da Trensurb e da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Só em Porto Alegre, são 640 câmeras em diferentes pontos de todas as regiões da cidade. No DCCI, 34 servidores atuam no acompanhamento em tempo real das imagens, com possibilidade de movimentar o enquadramento e dar zoom para ter maior precisão no atendimento das ocorrências.
Em 08 de fevereiro, por exemplo, profissionais do videomonitoramento suspeitaram que um homem estivesse armado na Rua Voluntários da Pátria. Após alguns minutos de observação pela câmera na via, confirmou-se que ele escondia sob a roupa, junto à cintura, o que parecia um revólver – mais tarde, se saberia que era um simulacro. Na sequência, uma guarnição da Brigada Militar foi acionada e chegou para prender o homem. Tudo filmado pelo DCCI.
A vigilância por imagens também tem impacto na repressão de furtos e roubos de veículos na Capital. Em parceria com a EPTC, funciona desde agosto de 2018 o cercamento eletrônico, com equipamentos capazes de fazer a identificação de placas que estejam relacionadas a registros criminais. São mais de 190 dispositivos – entre câmeras, lombadas eletrônicas e pardais – com a tecnologia que emite alertas ao DCCI e ao Centro Integrado de Comando da Cidade de Porto Alegre (CEIC) quando visualizam a placa de algum veículo em situação criminal. Por meio desse sistema, 62 veículos foram recuperados nos primeiros quatro meses do ano. Nesse período, os indicadores criminais registraram quedas em relação ao mesmo intervalo do ano passado tanto nos furtos de veículos (-4,9%) quanto nos roubos de veículos (-41%).
PRODUÇÃO 2019 DO SETOR DE VIDEOMONITORAMENTO DO DCCI/SSP-RS – 1º DE JANEIRO A 30 DE ABRIL 2019 |
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Cercamento eletrônico (identificação de placas) |
Rotina de observação de imagens |
TOTAL |
Ocorrências atendidas |
431 |
3.041 |
3.472 |
Presos |
121 |
79 |
200 |
Foragidos recapturados |
11 |
16 |
27 |
Armas de fogo |
14 |
2 |
16 |
Armas brancas |
4 |
1 |
5 |
Munição |
9 |
31 |
40 |
Maconha |
1 |
2 |
3 |
Crack |
1 |
5 |
6 |
Cocaína |
1 |
2 |
3 |
Celular |
8 |
3 |
11 |
Veículos recuperados |
62 |
7 |
69 |
Dinheiro |
R$ 377,55 |
R$ 463,55 |
R$ 841,10 |