Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria da

Segurança Pública

Início do conteúdo

Líder religioso, esposa e dois adolescentes são investigados por homicídios

Polícia Civil apura duplo homicídio e feminicídio e descarta motivos religiosos

Publicação:

Agentes coletam evidências em local onde foram encontrados os corpos
Polícia Civil apura duplo homicídio e feminicídio e descarta motivos religiosos

A Delegacia de Polícia de Esteio trabalha para elucidar o assassinato de uma jovem mãe de 18 anos, seu bebê de dois meses e um amigo dela, um adolescente de 16 anos. Os crimes foram cometidos por um pai de santo e sua esposa, em Esteio. Eles tiveram apoio de dois adolescentes para a ocultação dos corpos, encontrados no final da tarde da última terça-feira (22/7) às margens do Rio dos Sinos, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Os principais suspeitos, marido e esposa, confessaram o delito. Eles foram presos e os adolescentes apreendidos. No início da tarde, o homem de 46 anos teve prisão preventiva decretada pela Justiça.

Os menores são suspeitos da ocultação dos cadáveres, mas a participação deles está sendo aprofundada. Um dos menores tem uma relação familiar com o bebê assassinado. Os adultos são investigados também por feminicídio majorado, duplo homicídio qualificado e por corrupção de menores majorada, em razão da crueldade de cometê-lo em frente ao bebê.   

O assassinato aconteceu após o envolvimento do pai de santo com a jovem, então menor de idade. As ameaças de exposição da relação deles levaram a uma emboscada e ao homicídio”, declarou a delegada Marcela Smolenaars, responsável pelo caso“A princípio, o réu confesso estaria motivado pela revelação da infidelidade e, sua esposa, pelo ciúme. Por isso, não consideramos as motivações religiosas". 

Os três desapareceram no domingo (20/7). O principal suspeito seria o pai da criança, filho indesejado, de acordo com a Polícia Civil. As apurações começaram na manhã de terça-feira (22/7), quando uma tia da vítima registrou Boletim de Ocorrência. Eles teriam sido mortos a facadas. Ainda não se sabe como o bebê morreu. 

Durante o interrogatório, o suspeito foi confrontado com provas. Inconsistências em suas declarações levaram à confissão e implicação dos demais envolvidos. Segundo a delegada, o crime foi premeditado.

De costas, dois agentes, um da Polícia Civil e outro do IGP, conduzeem a coleta de evidências em carro dos suspeitos.
O Instituto-Geral de Perícias atuou junto às investigações da Polícia Civil - Foto: Polícia Civil - RS
 

Os bombeiros militares auxiliaram nas buscas e na retirada dos corpos e a Brigada Militar atuou na prisão dos envolvidos e acesso ao local onde as vítimas foram localizadas. O Instituto-Geral de Perícias colaborou em etapas técnicas, como atendimento no local de crime, coleta de amostras biológicas, identificação de impressões digitais e necropsia.

Texto: Dulce Mazer. Edição: Luciana Balbueno e Júlio Amaral (Ascom/SSP-RS) 

Secretaria da Segurança Pública