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Percentual das vítimas de homicídios com antecedentes criminais no RS ultrapassa 80%

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De acordo com o levantamento elaborado pela Divisão de Estatística Criminal do Departamento de Gestão Estratégica Operacional (DEC/DGEO), 81,5% das vítimas possuíam antecedentes criminais
De acordo com o levantamento elaborado pela Divisão de Estatística Criminal do Departamento de Gestão Estratégica Operacional (D - Foto: Imprensa Polícia Civil/RS

Os indicadores da criminalidade divulgados pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) revelam o perfil das vítimas de homicídios no Rio Grande do Sul. De acordo com o levantamento elaborado pela Divisão de Estatística Criminal do Departamento de Gestão Estratégica Operacional (DEC/DGEO), 81,5% das vítimas possuíam antecedentes criminais.

O estudo aponta, também, que 42,5% das vítimas registram passagem pelo sistema prisional, seja de maneira provisória ou com sentença transitada em julgado. Para o secretário da Segurança Pública, Wantuir Jacini, as estatísticas só reforçam a tese de que a legislação atual não atende às reais demandas da sociedade. “Como já foi divulgado, as polícias efetuaram mais de 36 mil prisões no RS neste primeiro trimestre. Os números comprovam que o 'prende e solta' é um dos grandes desafios que enfrentamos no cotidiano das nossas atividades”, ressalta.

A análise dos crimes ao longo dos dias da semana e dos turnos sinaliza o crescimento dos assassinatos a partir das noites de quinta-feira. Somando apenas as noites e madrugadas de sábado e domingo chega-se a 279 assassinatos – 23,9% dos crimes. Agrupando-se o final de semana, desde sexta à noite até a madrugada de domingo chega-se a 41,8%. A utilização de armas de fogo continua sendo o principal meio utilizado pelos autores dos homicídios, respondendo por 79,4% dos casos.

Mudança na metodologia dos Territórios de Paz já gera resultados

A mudança da metodologia nos Territórios de Paz já gera resultados positivos. Em comparação ao mesmo período em 2014, os números do primeiro trimestre de 2015 registram uma redução de 18% nos homicídios nestas localidades, com destaque para o Território de Paz do bairro Santa Tereza, onde a queda registrada foi de 53,8%.

Jacini salienta que a metodologia anterior não obteve a efetividade esperada por ser baseada no engessamento operacional da Brigada Militar e no foco social, não tendo sido capaz de trazer outros órgãos governamentais ao programa. “Estamos priorizando o enfrentamento à violência criminal, que é aquela que compete aos órgãos de Segurança Pública. A violência social será tratada por este governo através de uma ação integrada de diversas pastas que possuem interface com essa questão”, afirma.

Segundo o diretor do DGEO, tenente-coronel Luiz Porto, a filosofia de trabalho que era empregada nos Territórios de Paz os transformou em zonas geradoras de crimes e formadoras de quadrilhas especializadas no tráfico de drogas. “A alteração na estratégia, fornecendo mobilidade à BM, devolvendo sua autonomia operacional sobre estes territórios, e os resultados obtidos até o momento indicam que estamos num caminho adequado”, avalia.

Texto: Claiton Silva

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