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Crimes Cibernéticos: Conheça o trabalho do IGP em casos de crimes realizados no ambiente virtual

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Um homem, com camisa onde se lê nas costas "Instituto-Geral de Perícias", trabalha em um computador.
Seção de Informática Forense do IGP atua diretamente no combate aos crimes cibernéticos - Foto: Sofia Villela / IGP
Por Leonardo Ambrosio/Ascom IGP

Em uma era de avanços tecnológicos acelerados, os crimes cibernéticos representam uma ameaça cada vez mais significativa à segurança da população. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) atua de forma especializada nesses casos, utilizando conhecimento técnico para identificar atividades ilegais e auxiliar nas investigações e na produção de provas.

Embora o combate direto aos crimes digitais seja de competência das delegacias especializadas, o IGP é quem realiza as perícias técnicas e análise forense dos dispositivos e sistemas envolvidos nesse tipo de crime. De computadores a smartphones, passando por redes sociais até servidores remotos, os peritos criminais da Seção de Informática Forense são responsáveis por examinar, recuperar, catalogar e interpretar dados digitais que possam ter valor probatório nos processos.

Um exemplo é a situação envolvendo um suspeito de cometer diversos crimes sexuais contra crianças e adolescentes no município de Taquara/RS, no primeiro semestre de 2025. Em janeiro deste ano, a Polícia Civil de Taquara cumpriu o mandado de busca e apreensão na residência do suspeito, culminando na apreensão de um HD externo e um SSD, que foram submetidos à análise. Os peritos da Seção de Informática Forense do IGP foram acionados para realizar uma perícia técnica nos dispositivos, e ainda no local foi possível constatar a presença de vasto material contendo pornografia infantojuvenil nos equipamentos. O trabalho dos peritos para identificar esses arquivos foi crucial para dar à polícia a materialidade necessária para que fosse efetuada a prisão em flagrante do investigado.

Os materiais apreendidos foram levados ao laboratório de informática forense do IGP, onde nova análise revelou mais de 700 pastas com imagens de possíveis vítimas, na sua maioria crianças e adolescentes. Todo o material foi catalogado e documentado no laudo pericial entregue à polícia, e desta forma vai auxiliar nas investigações que estão em andamento, colaborando com a identificação das vítimas por parte da Polícia Civil.

Onde entra o trabalho do IGP?

Um homem está lidando com aparelhos eletrônicos e fios dispostos sobre uma bancada. Ele está de costas e, em sua camisa, se lê: "Perícia Criminal Rio Grande do Sul".
Trabalho da Seção de Informática Forense é minucioso para garantir a integridade das evidências e assegurar a cadeia de custódia - Foto: Sofia Vilella/IGP

Durante as investigações realizadas pelos órgãos de segurança, muitas vezes é necessário realizar perícias técnicas em dispositivos apreendidos, que são encaminhados ao laboratório forense do IGP.

Lá, os peritos utilizam ferramentas especializadas para extrair dados de mídias e dispositivos; recuperar arquivos eventualmente deletados; analisar logs e metadados; identificar a autoria digital dos delitos, rastrear endereços IP, entre diversos outros elementos. Essas análises resultam em laudos que são encaminhados à autoridade policial, para auxiliar na investigação e eventual penalização dos envolvidos.

Muitas vezes, também é necessário realizar perícias no próprio local do crime, sobretudo quando há indícios de um possível flagrante. Nesses casos, os peritos utilizam softwares e equipamentos específicos para coletar, analisar e preservar evidências digitais de forma ágil, muitas fornecendo a materialidade necessária para que a autoridade policial possa proceder à prisão em flagrante dos envolvidos.

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