A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, através da Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais Eletrônicos do Departamento Estadual de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCPE/DERCC), desencadeou a Operação Medici Umbra na manhã desta terça-feira (17/6). A ação visava a desarticulação um grupo criminoso, residente na cidade de São Paulo (SP), que praticava o delito de estelionato contra médicos gaúchos. Durante a operação, que contou com o apoio da Polícia Civil de São Paulo, os agentes cumpriram cinco mandados de prisão preventiva e três de busca e apreensão na zona leste da capital paulista.

A investigação teve início em janeiro após um médico gaúcho ter procurado a Polícia Civil, pois os golpistas tentaram movimentar mais de R$ 700 mil reais em seu nome. O grupo criminoso era chefiado por uma mulher de 28 anos. A investigada já possuía antecedentes pelo mesmo delito nos Estados do Amazonas e de Pernambuco. Ela recebia auxílio do companheiro, dois irmãos e um cunhado. Todos foram presos nesta terça-feira. Ao longo dos últimos cinco meses, os policiais conseguiram identificar outros quatro médicos gaúchos, que também foram vítimas dos estelionatários.

O diretor do Departamento Estadual de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DERCC), delegado Eibert Moreira Neto, relatou o modus operandi dos criminosos. "Os golpistas invadiam as contas de e-mail das vítimas. Após a invasão, eles utilizavam o e-mail para recuperar a senha do gov.br. A partir do momento que eles se apropriavam do gov.br, os criminosos identificavam instituições financeiras nas quais as vítimas possuíam movimentações bancárias, criavam novas contas e movimentavam os valores que as vítimas tinham em aplicações financeiras para essas novas contas", explicou.

Durante a manhã, os policiais também apreenderam documentos, aparelhos celulares e um notebook que serão analisados a fim de corroborar a convicção de autoria. A operação recebeu o nome de "Medici Umbra", que significa "a sombra dos médicos", em alusão aos criminosos que agiam como "sombras", utilizando a identidade e a reputação de profissionais da saúde para cometer os crimes.

^{Texto: Leonardo Fister/Ascom SSP-RS. Edição: Dario Panzenhagen / Ascom SSP-RS}