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Segunda fase da operação Guerra ao Terror bloqueia mais de R$ 71 milhões de grupo criminoso da Serra Gaúcha

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Um automóvel preto de luxo apreendido está estacionado na frente da delegacia de Polícia de Caxias do Sul.
Draco sequestrou 24 veículos, incluindo carros de luxo, com valor estimado de R$ 2 milhões. - Foto: DCS/PCRS

Na segunda fase da operação Guerra ao Terror, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Caxias do Sul mira na descapitalização do núcleo financeiro de uma organização criminosa com forte atuação na Serra Gaúcha e em outras regiões do Estado. Com a ofensiva iniciada nesta terça-feira (17/6), o prejuízo total imposto ao grupo ultrapassa R$ 71 milhões. Ao todo, 16 pessoas estão sendo investigadas por lavagem de dinheiro e organização criminosa. 

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Farroupilha, Capão da Canoa, Arroio do Sal, Cidreira e Florianópolis (SC), cidades onde o bando atuava. Foram sequestrados 11 imóveis (avaliados em cerca de R$ 8 milhões) e 24 veículos, incluindo carros de luxo e moto aquática (com valor estimado de R$ 2 milhões). Também foi solicitado o bloqueio de R$ 59 milhões em contas bancárias dos suspeitos e bloqueados cerca de R$ 2 milhões em criptoativos. 

As investigações identificaram que o grupo movimentou, em pouco mais de um ano, valores superiores a R$ 150 milhões oriundos do tráfico de drogas e de armas. O delegado Luciano Righês Pereira, titular da Draco, explica que, no sofisticado esquema de lavagem, o dinheiro ilícito era repassado a familiares dos líderes da organização, que utilizavam terceiros para aplicar os valores em criptoativos, casas de apostas on-line (bets) e jogos virtuais de pôquer. Além disso, parte das operações financeiras era realizada via empresas sediadas no exterior, com a finalidade de dificultar o rastreamento. Os recursos então retornavam ao patrimônio daqueles familiares e eram utilizados para a aquisição de imóveis, veículos, terrenos e outros bens. 
 
Para o delegado Luciano, a desarticulação do crime organizado deve compreender toda a atuação desses grupos. “Atuamos não apenas no combate à estrutura armada, mas também aos recursos que o sustentam, afirma. Ele relata que a operação contou com o apoio operacional das delegacias de Bento Gonçalves, Farroupilha e Caxias do Sul, vinculadas à 8ª Região Policial, de policiais civis de Cidreira, Arroio do Sal, Xangri-Lá, Arroio Teixeira e do canil do 12º BPM, além da Draco de Florianópolis, ligada ao Departamento Estadual de Investigações Criminais de Santa Catarina. 

Texto: DCS/PCRS. Edição: Letícia Jardim / Ascom SSP-RS

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