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Principal suspeito da operação Malus Doctor é preso no Mato Grosso do Sul

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Policiais civis e o advogado suspeito sendo conduzido por hangar, em frente a uma aeronave
Suspeito de impetrar fraudes processuais foi capturado na cidade de Dourados (MS) - Foto: Polícia Civil - RS
Por Lucas Kras (estagiário). Edição: Equipe Ascom.

A Polícia Civil, por meio da 2ª Delegacia de Polícia Distrital de Porto Alegre (DPPA), prendeu o principal alvo da operação Malus Doctor, suspeito de liderar o grupo criminoso responsável por fraudes processuais envolvendo empréstimos consignados. O advogado, foragido desde o dia 8 de maio, foi capturado na cidade de Dourados (MS), na noite da última quinta-feira (15/5). 

Segundo o delegado responsável pela operação, Vinicius Nahan, a partir de apurações preliminares, uma equipe da 2ª DPPA foi até o Mato Grosso e, com o apoio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Barra do Garças (MT), acompanhou a prisão do suspeito no Mato Grosso do Sul (MS). "Identificamos que ele havia passado pelo litoral paulista e, em seguida, se deslocado para o Mato Grosso, onde possui vínculos familiares. O foragido havia seguido viagem em direção ao Mato Grosso do Sul. Informações sobre o veículo usado para a fuga foram repassadas para a PRF daquele estado, que conseguiu abordá-lo e prendê-lo no município de Dourados (MS).” declarou, Nahan. 

A operação
No dia 8 de maio, a Polícia Civil, através da 2ª DPPA, deflagrou a operação Malus Doctor para desarticular um grupo criminoso responsável por fraudes processuais em todo o país.

Foram cumpridas 74 ordens judiciais e também o bloqueio de cerca de R$50 milhões em bens móveis, imóveis e ativos financeiros. Dentro das 74 ordens judiciais, 35 mandados de busca e apreensão foram executados nas cidades de Glorinha, Porto Alegre e Xangri-Lá. O homem preso no Mato Grosso do Sul é acusado de ser responsável por mais de 145 mil ações judiciais, sendo 112 mil no Rio Grande do Sul (aproximadamente 47% de todas as ações feitas contra instituições bancárias na Justiça gaúcha), e 30 mil ações em São Paulo. 

O esquema criminoso
Os criminosos, se aproveitando da situação de vulnerabilidade das vítimas, ofereciam serviços de revisão judicial de empréstimos consignados abusivos. O falso serviço era prestado mediante pagamento de 30% de honorários sobre os valores recuperados. 

Após receberem a documentação das vítimas, os investigados ajuizavam ações contra instituições financeiras. Posteriormente, os clientes recebiam valores de novos empréstimos em suas contas e, acreditando serem oriundos das ações, repassavam parte à empresa.

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